Afortunada

Um pássaro tentou arrebatar-me
Noite passada, chorosa, de viúva
Cobriu-me ágil, com a longa asa
E levantou voo, rápido, sem escusa
Cruzou nuvens, calado, em voo raso
E depois de voltear, perdeu sentido
Deixou-me livre de novo, pés na terra
Parece que era outra a hora do castigo
E aqui me tenho e sinto, afortunada
Por desconhecer ainda qual o caminho
Que um dia qualquer me levará
Ao lugar inexorável, do (meu) destino

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