Estrada


É urgente honrar a perda, o silêncio
É urgente calar as vozes, o ruído
Manter o corpo coberto, respeitado
Longe dos juízos, das mãos crispadas,
Dos corações feridos e fechados
Que se tentam manter à tona na levada
Até ao final do ritual esperado.
É necessário manter o decoro no dia do
encontro com a dor real ou mascarada
Porque a alma ainda está fresca, desbocada,
À espera do fim ou do princípio da vida
Que pensamos que é este destino
Do qual sabemos menos que nada
Embora a estrada esteja já marcada

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Valor vem da alma !

Silêncio

O Sopro