O Sopro
Sinto-lhe às vezes o sopro suave,
De quem vem sorrateira para espiar
Se a ocasião é a mais certa ou
Qual a maneira correcta de actuar
E até lhe noto o odor, bem peculiar,
Uma mistura de incenso com jasmim
Que entontece e quase faz desmaiar
E é o aviso perfeito para fugir,
Ou ficar quieta como estátua
À espera que não me veja a sombra
E me deixe mais tempo para escapar
Porque tão perfeita a vida é, só por si
E tão bela de sentir e desfrutar
Que nem o último beijo quero sentir
Porque me pode impedir o respirar
Apenas o chamamento, se divino
Quando for hora do espelho se quebrar
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