Corpos
Há uma
voz perdida nas ruas,
Fugida ao vozear das praças
Que se esconde no silêncio das paredes,
E acorda livre e pura entre lençóis
Voz sem palavras, suspensa
Em corpos pintados pelo tempo
E construída passo a passo
Como um pássaro a tentar voar
Voz sem idade, permanente e viva
Oculta na urgência da cidade
Na esperança que o amor se espalhe
Como sorriso a quebrar o aço

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