Hora
Há uma hora das memórias
Hora
em que surgem abruptas, rebeldes,
Torrentes
de rio a moer ausências,
Até à chegada do tempo derradeiro
Hora
que se finge branda, indulgente,
Para
de látego em punho castigar
Quem
abafa as lágrimas ou as chama
Hora
mágica, catártica,
Que
repele e embala como berço
Sem
colo nem manta, e depois
Expulsa
o ar e acaricia o medo
H(ora)
veludo, H(ora) lâmina, H(ora) tudo
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