Anseios


Anseio os teus olhos,

De ternura desmedida,

A boca temerosa de palavras

E a fome da pele nunca contida

Anseio o riso franco de criança,

As mãos generosas de carícias

E o coração cheio dum futuro antigo,

Até a hora ser de madrugar,

A alma quebrar amarras, arrancar véus,

O corpo vibrar em acordes inaudíveis

E o abraço surgir firme e amplo,

A trazer de volta a terra prometida

E tu, fraco, manso, sem cuidados,

A abraçar o sono, o sonho,

Como no primeiro dia de vida

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