Meu menino

Rosa de carne,

Nascido frágil, impiedoso

E nunca brando,

Com gorjeios de cria a alimentar

E braços contidos, asas de anjo,

Cheiro a flor de mel,

Sorriso entreaberto, tão perdido

À espera sempre, de voltar a casa,

Ao cálice profundo, á cisterna ardente,

À semente

Meu menino, nascido da vontade

Tão desejado e querido, como água

A fecundar a terra, a amansar o fogo

Razão da vida, da voragem de ser

E de ficar.

Meu sangue, minha alma, alimento,

Sol, Lua, vento singular

Por ti guardo armas e segredos

Afasto medos, desafio espadas

E arraso vulcões apenas a olhar

Meu menino amado sem limite,

Que me faz sentir mais viva

E me faz querer ser sempre mais

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Valor vem da alma !

Silêncio

O Sopro