Dias
Mil dias passaram,
Desde
que vesti negro e noite
E me
perdi no espaço
Mil
dias nevoentos, cabisbaixos
Sem
regaço capaz de suportar
A
dor da perda
Casca
de noz, jamais de aço
E
aqueles que mais amei,
Para
sempre fora do alcance
Dos
dedos, do abraço
E o
sorriso fechado, anulado
A
pintar de chuva o rosto
Perdido
da luz que teve um dia
À espera do último encontro
À espera de acertar o passo
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