Sem ti




Vivo sem ti. Por vezes até esqueço
o som da tua voz, o contorno do rosto,
o olhar a chover mágoa, o riso franco
Olho o teu retrato e surge a ferida,
a abrir no peito, funda, em progressão,
‘Vibrio’ insaciável e maligno
que me arranca a vida, aos poucos
e afasta a luz, que ainda era benção
É hora de resgatar a dor, o perdão,
a paz também; acolher a mágoa,
e perdoar ao tempo ter ficado aquém

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