Olho-te
Olho-te terna, assombrada
puxo a coberta amarela
que tapa o teu corpo sonolento
e tudo se dispersa em névoa,
as discussões mais fúteis,
os confrontos absurdos,
as pequenas guerras inúteis
e o cansaço do futuro.
Vejo te confiante no sono
como pássaro preso ao ninho
e o meu coração aperta
pela antecipação da perda.
Já não amarrotamos os lençóis,
nem ansiamos a devassa dos corpos
e os abraços fogem na rotina,
onde o beijo é cada vez mais raro.
Mas é contigo que quero ficar,
sempre, enquanto aqui estiveres
e eu me conseguir lembrar . . .
Comentários
Enviar um comentário