Deserto


Há um dia de inventar

Abraços e beijos e cansaços

Dia de culpas, raivas, lágrimas

De sombra, feitas de remorsos

Envergonhados e lírios baços

Dia parado no tempo, agarrado

À alma, insidioso e traiçoeiro

Que se apraz na dor, ano a ano,

Enquanto a ausência se impõe

Tão verdadeira que corrói o ânimo

E nos seca os olhos desvairados

Deserto a querer ainda ser humano

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